quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Without words...


Há bastantes dias que nao escrevo por aqui...
Falta de vontade, falta de tema, falta de inspiração, falta de tudo.

Há uma semana que começaram as aulas e daqui a cerca de duas semanas ja se avizinham férias. Uma previsão um pouco assustadora, leva a crer que os dias passam a correr. A correr depressa demais.

Os dias por aqui têm sido "iguais" escola, casa, casa, escola, passeio aqui ou ali com as meninas, que sao as unicas que me vao fazendo companhia, fazer isto, fazer aquilo... Não se faz nada de especial, mas há dias em que no final do dia me sinto bastante cansada.

Estes últimos dias foram especialmente interessantes... Consigo dizer para mim própria, em todos eles, que devo mudar a minha bela forma de ser para com as pessoas. Começa "irritar-me" pois a única direcção em que se olha é para o próprio umbigo. O meu deve ser bem feio por isso nao o devo fazer tantas vezes...digo eu :s

Estou mesmo é sem palavras e demasiado negativistas.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Há um ano atrás...


Não sei porquê, de vez em quando dá-me na maluquice de visitar o que escrevi faz precisamente um ano. Por vezes é engraçado lembrar o que se andava a pensar em tempos idos.

Há um ano atrás andavamos nós todos divertidos, no bem bom do 2º 12º ano. Belos tempos! Não que estes que agora vivo nao sejam bons, mas aqueles eram diferentes.

Dia 11 de Fevereiro do ano que passou estava eu a escrever do novo bixinho, que era e é da minha irma, directamente da cozinha. Mas hoje devo dizer que escrevo directamente da minha cama, onde me encontro muito bem instalada, mas desta vez do MEU bixinho. O menino dos meus olhos! lol

Andava eu a estudar psicologia por estes tempos...Agora estou de férias :D

Hoje sinto-me nao sei como. Sinto-me cansada, mas há outra coisa aqui dentro que nao anda a funcionar muito bem...Sinto-me cansada fisicamente o que me leva a uma estranha sensaçao de tristeza...digo eu lol Estou a precisar de aulas para me aplicar a sério, para puder ocupar esta cabeçinha com coisas decentes e necessárias, para nao dar lugar a mais nada. Quanto mais tempo estiver ocupada melhor!

Quero voltar à cidade... Quero... Quero...


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Hoje fiquei até mais tarde na cama. Depois de ter sido abanada, depois de ter levado umas boas palmadas decidi dar ouvidos à minha maezinha e levantei-me.
Poucos minutos depois o telefone toca.
Sou eu quem atende.
Do outro lado uma voz conhecida. Alguém com quem já há muito nao falava. A voz de alguém que só falou porque a outra pessoa, cuja voz me é tao conhecida, nao conseguíria dizer o que tinha que ser dito.
Com uma voz bem calma, bastante pausada, tentava arranjar forças para dizer as palavras cruciais. Quando ouvi aquela voz ao telefone já sabia o que ía ser dito. Mesmo antes de ouvir os meus olhos encheram-se de água. Fiz um esforço para que do outro lado nao fosse percebido, para nao provocar a mesma reacção. Foi entao que o inevitável foi dito. Já tinha partido...

Todos os dias em que me descreviam a situação em que estava, era-me dificil imaginar o que me era descrito. Já poucas imagens dele tinha guardadas na minha memória. Já nao conseguia mesmo ter uma imagem definida do seu rosto. Lembrava apenas de alguns momentos.

Há anos atrás quando decidiram ir para os Estados Unidos decidiu que voltaria à sua terra apenas quando fosse para voltar de vez. Disseram que seriam apenas 10 anos. Passados esses anos aguardávamos aqui o seu regresso. Mas esse regresso teimou em tardar...
Entretanto foi "apanhado" pela doença...Lutou durante bastante tempo...até que hoje já nao teve mais força...

Eramos familiares, familiares nao muito próximos, mas davámo-nos bem, era tratado por "Ti Gomes"...
Não me vou esquecer que foi ele que me ensinou a tirar os pinhoes das pinhas e a parti-los. Nao me vou esquecer da dor de barriga com que fiquei depois de ele me ter posto a comer pao com manteiga e tuli-creme e café com leite...Da imagem daquele senhor que de vez em quando se sentava ali nos bancos, que tanto brincava com a sua netinha, comigo e até mesmo com a minha irma...

Merecia ter sofrido menos no final da sua vida

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Vá lá saber-se...

Vá lá saber-se porquê, mas cheguei ontem a casa e já tenho vontade de ir embora...
Vá lá saber-se por quê...eu gostava de saber.

Estou a vegetar no sofá, posso dizer que está frio. Bem lá mais para cima anda muita gente feita louca a tentar brincar um pouco com a neve.

Neva na Serra da Estrela...

domingo, 3 de fevereiro de 2008



Podería responder ao comentário que foi feito ao meu texto "Mais que o normal" com um outro comentário ao texto da minha autoria. Mas nao, este senhor merece muito mais que isso. Merece um espaço neste meu espaço especial.
O comentário é anónimo, talvez tenha sido propositadamente, mas com aquelas palavras percebi logo quem era, nao foi necessário ler "...101112B...". É verdade...tanta coisa partilhada...é verdade que parecia um nós e nao o nós e o você.
Foi uma das, senao mesmo a pessoa, que naqueles anos mais valor nos deu, que mais valor me deu. Nem toda a gente, nem toda a "classe" a que o senhor pertence lol, faria, diria o que nos fez e disse a nós. Era um amigo, um ouvinte, um conselheiro. Aquela pessoa que era mais velha do que nós, que já sabia como era a vida.
Sabe...não tenho saudades de nada daí, de nada a nao ser de pessoas como o senhor. Para si nao eramos apenas miudos que estavamos ali de passagem, eramos sempre merecedores de uma palavra, de um sorriso, de uma festa quase. Tantos momentos divertidos...aulas que nao eram aulas mas que eram momentos de descontracção, de diversão.
Tantos dias que sentiamos que se necessário teríamos em si alguem para nos ajudar...
Agora depois da partida, que sabiamos certa mais cedo ou mais tarde, que para mim foi um pouco mais tarde, ficam as visitas, fica a "... troca de letras soltas no msn...".

Para mim foi um professor, foi um amigo, foi um apoio em muitos momentos. Foi um amigo que "substituiu" um pouco os amigos que se foram embora naquele ano. Um ano que teve um preço talvez um pouco alto de se pagar, tal como uma vez me disse. Mas são essas coisas que nos ajudam a crescer. Não tivesse sido assim e nao teríamos almoçado algumas vezes como o fizemos, não teríamos conversado como o fizemos...

Sempre que tiver oportunidade falarei consigo, se o vir na rua nao mudarei de rumo, com alegria o cumprimentarei... E sempre com alegria o lembrarei.

Obrigada por nos fazer sentir importantes!

Ah! o texto falava de si sim!

Ao amigo, S. A. ;)